terça-feira, 15 de agosto de 2017

Não há alma no totalitarismo

O que ta acontecendo com as pessoas desse Brasil?
Parece que o povo se dividiu em duas vertentes políticas e torcem como se fosse time de futebol para supostos conjuntos de ideias ufanistas sem nem se aprofundar no que realmente importa.
Nesses últimos dias está uma febre aqui no mural do pessoal comparando o Nazismo com o socialismo ou com o liberalismo. Na minha opinião, tanto o socialismo, como o capitalismo e o comunismo podem funcionar bem se a índole humana permitir, então não importa se a ditadura foi de esquerda ou direita, de mercado ou nacionalista. A grande questão é que qualquer autoritarismo gera grandes perdas e inevitavelmente falha no objetivo de sua tendência política não importando se é mais de esquerda ou direita.
Vamos ao fundamento, em tese, de nossa estrutura social:
Os agricultores produzem o alimento (que também é medicina).
Os médicos e curandeiros(aqui englobo todas terapias ancestrais e preventivas) asseguram a saúde dos organismos individuais e consequentemente da sociedade, tanto no âmbito físico como mental.
Os atuantes da lei, asseguram, através do poder de força bruta a segurança pública e paz para os lares. (hoje em dia essa segurança está mais voltada para interesses de terceiros)
Engenheiros cuidam da construção civil
Temos o sistema primário(agricultura e extrações minerais), secundário (indústria ou meios de produção) e terciário (comércio e bens de consumo).
Um sistema totalitarista consegue manter esta estrutura básica funcionando por algum tempo, porém existe algo que se perde em qualquer opressão: a arte, o amor e a paixão de viver.
Os poetas, filósofos, magos do conhecimento, sábios legisladores, artistas e músicos constituem a alma que dá energia para esta estrutura básica da sobrevivência.
A sutileza das faculdades mentais e espirituais são a sublimação da vida humana e nenhum sistema ditatorial consegue mantê-las por muito tempo, pois a repressão oprime o ócio criativo e a conexão com o mundo das ideias.
Um corpo sem alma adoece e clama a volta da energia vital. Quando ocorre a volta da alma ela é munida da pretensão inversa ao que a fez adoecer, ou seja, em termos de organização social: a classe intelectual vai sempre se opor ao regime autoritário que a antecedeu.

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