sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Parábola do Surfista

O menino estava com sua prancha de surf sentado na beira da praia em frente a um enorme morro, quando surge um homem e senta a seu lado.
-Tudo bem? – cumprimenta o homem.
-Mais ou menos.
-Ué! Por quê?
-Estou meio cansado de estar nesta praia.
-Porque não vens comigo que te levarei para o outro lado do morro, onde dizem que há várias praias e trilhas para descobrir?
-Seria muito difícil ir com minha prancha e tenho medo de deixá-la, pois poderá não estar mais aqui quando voltarmos.
-Vamos lá! Talvez ao irmos descubramos que existem tantas maneiras de viver que não vais querer voltar a esta praia.
-Mas e se eu for e me arrepender, pensando que mesmo depois de tudo que conheci o melhor lugar era aqui e fui muito ignorante por abandonar?
-Se isso acontecer será melhor ainda, pois conseguirás viver com muito mais prazer naquilo que consideras banal hoje.
-Você me convenceu, melhor viver do que ter medo de não viver. Vamos lá.

Parábola da Riqueza

Havia quatro pessoas em uma roda de conversa, um jovem, um homem de meia idade, a mulher deste homem e um ancião. Foi então que a mulher espontaneamente perguntou: Qual foi a pessoa mais rica que vocês já conheceram?
O jovem se interessou logo pelo assunto e se prontificou:
-Um dia estava eu no intervalo do meu trabalho como auxiliar de montagem de automóveis quando vi de longe o dono da maior empresa de automóveis do país. Ele veio se aproximando, não pude evitar a emoção e logo que passou pela minha frente puxei assunto.
-E o qual foi a reação dele? – resmunga o ancião.
-Me mirou da cabeça aos pés e com tom irônico me cumprimentou, em seguida abriu seu celular, colocou-o na orelha e continuou a caminhar. E você conheceu alguém poderoso? – Perguntou dirigindo-se à mulher.
Ela, sem indagar, respondeu audaciosamente:
- Cresci com João,  presidente da associação de médicos da maior universidade da Europa.
-Eram amigos íntimos? – Pergunta o ancião.
-Sim, mas ultimamente, com tanto trabalho, ele não consegue manter contato com velhos amigos.
- E você, meu amigo, porque não contas teu relato? – Falou o jovem se dirigindo ao homem de meia idade.
O homem ficou quieto por alguns segundos, baixou a cabeça e com certo receio começou a falar:
-Não gosto de me lembrar do fato, pois a pessoa mais poderosa que conheci foi Pedro, um amigo de faculdade, que faleceu ano passado aos trinta e sete anos. Ele era um grande trabalhador, conseguiu montar uma empresa de sapatos e em dois anos já havia conquistado mercado internacional.
-Não te importas de relatar a causa do falecimento de seu amigo? – Pergunta o ancião.
-Bem, ele sofreu com um tumor no pulmão que logo se espalhou para o cérebro e não houve salvação. E você? Com tua vasta experiência deves ter conhecido grandes homens, não é mesmo?
-É! Quem foi à pessoa mais rica que você já conheceu? – Se impôs o jovem.
-A pessoa mais rica que já conheci foi um homem que morava em um morro no meio da mata. – responde o ancião com absoluta tranqüilidade.
- O que?Estás louco? – exclamam todos os presentes.
Com um leve sorriso na face completa o ancião:
-Falo sério, pois o dono da maior empresa de automóveis nunca conseguirá ter amigos a não ser guiados por interesse, João não terá tempo para viver a vida, assim como Pedro não pôde viver com saúde por ter dedicado a alma a seu trabalho. Enquanto isso o homem do morro tem seu alimento, água da fonte, saúde, tempo para viver e verdadeiras amizades.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Nem tudo é o que parece.

O planeta água é chamado de Terra,
O paradoxo da doença é chamado de plano de saúde,
Assassinos são chamados de poderosos,
Flores são chamadas de drogas,
A venda da alma é chamada de sucesso,
A cura é chamada de loucura,
Barro é chamado de sujeira,
Aproveitamento sobre os outros é chamado de trabalho,
Hipocrisia é chamada de lei,
Alienação em massa é chamada de propaganda,
Mas o que mais me preocupa é que a destruição do planeta é chamada de evolução.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ser Interesseiro

      Por muito tempo havia perdido a esperança nas relações sociais ao acreditar que em todas sempre há um interesse oculto, mascarado ou até descarado. Pensei muito sobre isso, e realmente é fato: 99% das relações sociais são baseadas em interesses.  Na verdade isso é o que deixa a vida mais maravilhosa ainda e não uma depressão total como pode parecer ao primeiro olhar, pois de acordo com seus interesses cada pessoa se coloca no local apropriado, seguindo consequentemente a lei da atração, onde nada é por acaso.
      Existem aqueles que se interessam por poder através de bens materiais, outros através de status sociais de diversas vertentes, mas o maior poder do mundo está em sentir-se bem, pois sentimento positivo é sinônimo de liberdade.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Boa Alternativa

Percebo que as pessoas necessitam de alguma bengala para mantê-las firmes, tome consciência de que não estou julgando, pois eu também necessito de minhas bengalas. Um exemplo de bengala é a religião, ou a maneira em que se crê na vida. Cada ser tem uma visão limitada do que é o mundo, pois falta entender que o mundo é de cada um, o mundo somos nós que criamos em nossas mentes.

Existe uma maneira de se viver de forma tranquila, é o que ultimamente tenho tomado como partido de vida e que me da certeza para continuar sempre em frente. Conheça o que chamo de Amor Incondicional, o amor que da energia para viver, e não apenas mero costume do clichê romântico-midiático. Tentar sempre se colocar no lugar do outro faz parte do entendimento da vida, de que todos estão em um caminho paralelo, ou até cruzado ao seu. Unindo o Amor Incondicional com o fator inicial da lei da atração, chegamos a uma conclusão: ao entendermos a fonte da vida, ou seja, já amando incondicionalmente, estaremos colhendo o que plantamos. Quando alguém lhe fizer o mal, como no exemplo de um assalto, se você estiver com a compreensão aguçada se manterá firme e positivo por entender o por quê daquela pessoa agir assim.

Pode parecer óbvio para muitos leitores o que aqui largo em breves palavras, porém ao observar a atitude diária da sociedade na qual tenho oportunidade de viver, não encontro soluções e apenas perguntas. Falta Atitude.